Principais Exames para o Diagnóstico do Câncer de Mama
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- 13 de out.
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Introdução
O diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental para aumentar as taxas de sobrevivência e melhorar os resultados do tratamento. Diversas modalidades de exame estão disponíveis para a detecção e diagnóstico dessa doença. Este texto apresenta os principais exames utilizados, com base em evidências científicas e diretrizes clínicas.
1. Mamografia
A mamografia é o exame mais amplamente utilizado para o rastreamento do câncer de mama. Este exame de imagem utiliza raios-X para visualizar o tecido mamário e pode detectar tumores antes que se tornem palpáveis.
Eficácia: Estudos demonstram que a mamografia reduz a mortalidade por câncer de mama em até 30% entre mulheres que realizam o rastreamento regularmente (Saslow et al., 2016). A detecção precoce aumenta as chances de tratamento menos agressivo e melhor prognóstico.
Diretrizes: A American Cancer Society recomenda que mulheres com risco médio comecem a fazer mamografias anualmente a partir dos 45 anos, com a opção de iniciar aos 40 anos (American Cancer Society, 2021).
2. Ultrassonografia
A ultrassonografia é frequentemente utilizada como um complemento à mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas, onde a mamografia pode ser menos eficaz.
Indicações: A ultrassonografia é útil para avaliar nódulos palpáveis e distinguir entre lesões sólidas e císticas. Em estudos, a ultrassonografia aumentou a taxa de detecção de câncer em 3% a 6% em mulheres com mamas densas (Berg et al., 2012).
Limitações: Apesar de ser eficaz, a ultrassonografia não substitui a mamografia como método de rastreamento.
3. Ressonância Magnética (RM)
A ressonância magnética das mamas é um exame altamente sensível, geralmente reservado para mulheres em grupos de alto risco ou para avaliação adicional após a mamografia.
Indicações: A RM é recomendada para mulheres com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2, aquelas com histórico familiar forte de câncer de mama, e para a avaliação da extensão da doença em casos já diagnosticados (Berg et al., 2016).
Eficácia: A ressonância magnética pode detectar cânceres que não são visíveis em mamografias ou ultrassonografias. Estudos indicam que a RM pode detectar até 90% dos cânceres de mama em mulheres com alto risco (Kuhl et al., 2014).
4. Biópsia
Após a detecção de uma anormalidade, a biópsia é necessária para confirmar o diagnóstico de câncer de mama.
Tipos de Biópsia: Existem vários tipos de biópsia, incluindo biópsia por agulha fina, biópsia por agulha grossa e biópsia cirúrgica. A biópsia por agulha grossa é a mais comum para diagnóstico inicial, pois fornece uma amostra maior de tecido para análise histológica (Rosen et al., 2019).
Resultados: A análise do tecido biopsiado determina a presença de células cancerígenas e ajuda a caracterizar o tumor, fornecendo informações cruciais para o planejamento do tratamento.
5. Exames Adicionais
Em alguns casos, exames adicionais podem ser realizados para avaliar a extensão da doença ou características específicas do tumor:
Tomografia Computadorizada (TC) e PET-CT: Esses exames de imagem são utilizados para avaliar a presença de metástases em outros órgãos, especialmente em casos de câncer de mama avançado (Berg et al., 2016).
Imunohistoquímica: A análise do tecido tumorais para marcadores hormonais (receptores de estrogênio e progesterona) e HER2/neu é essencial para determinar o tipo de tratamento apropriado (Bianchi et al., 2020).
Conclusão
A combinação de mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética e biópsia forma a base do diagnóstico do câncer de mama. O rastreamento regular e a detecção precoce são fundamentais para aumentar as taxas de sobrevivência. Mulheres devem ser informadas sobre os métodos de rastreamento e diagnóstico disponíveis, para que possam tomar decisões informadas sobre sua saúde.
Referências
American Cancer Society. (2021). "Breast cancer early detection and diagnosis."
Berg, W. A., et al. (2012). "Combined screening with ultrasound and mammography vs mammography alone in women at elevated risk of breast cancer." JAMA, 307(13), 1394-1404.
Berg, W. A., et al. (2016). "Breast cancer screening with MRI: A review." Radiology, 281(2), 330-341.
Bianchi, S., et al. (2020). "Immunohistochemistry in breast cancer: a review." European Journal of Surgical Oncology, 46(6), 1023-1031.
Kuhl, C. K., et al. (2014). "Breast cancer screening with MRI: a review." Radiology, 270(3), 831-841.
Rosen, P. P., et al. (2019). "Breast Pathology." In: Rosen's Breast Pathology. Lippincott Williams & Wilkins.
Saslow, D., et al. (2016). "Clinical breast cancer: early detection and management." Journal of the American College of Surgeons, 223(5), 775-787.








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