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Tratamento Cirúrgico do Câncer de Mama

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  • 13 de out.
  • 3 min de leitura
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Introdução

O tratamento cirúrgico do câncer de mama é uma das abordagens mais importantes e eficazes na gestão da doença. Dependendo do estágio do câncer, da localização do tumor e das características tumorais, diferentes opções cirúrgicas podem ser consideradas. Este texto analisa as principais modalidades de tratamento cirúrgico do câncer de mama, suas indicações, benefícios e limitações, com base em evidências científicas.

1. Tipos de Cirurgia

Existem duas principais modalidades de cirurgia para o tratamento do câncer de mama:

  • Mastectomia: A mastectomia envolve a remoção total da mama afetada. Pode ser classificada em diferentes tipos:

    • Mastectomia Total: Remoção de toda a mama, incluindo pele e tecido adiposo.

    • Mastectomia Radical: Remoção da mama, músculos peitorais subjacentes e linfonodos axilares (American Cancer Society, 2021).

  • Setorectomia: Também conhecida como cirurgia conservadora da mama, a setorectomia envolve a remoção do tumor e de uma margem de tecido saudável ao redor, preservando o máximo possível do tecido mamário. Este procedimento é frequentemente seguido por radioterapia para reduzir o risco de recidiva local (Fisher et al., 2002).

2. Indicações para Cirurgia

A escolha entre mastectomia e lumpectomia depende de vários fatores:

  • Tamanho do Tumor: Tumores grandes ou múltiplos podem exigir mastectomia, enquanto tumores menores podem ser tratados com lumpectomia (Buchholz et al., 2015).

  • Localização do Tumor: A localização do tumor em relação à anatomia da mama pode influenciar a decisão. Tumores localizados em áreas que dificultam a remoção adequada do tecido saudável podem ser tratados com mastectomia.

  • Estágio do Câncer: Cânceres em estágio avançado ou com metástases axilares podem necessitar de abordagens mais radicais, como mastectomia (Boulware et al., 2016).

3. Considerações Pós-Operatórias

Após a cirurgia, os pacientes devem ser monitorados quanto a possíveis complicações e recidivas. As considerações incluem:

  • Recuperação: A recuperação varia dependendo do tipo de cirurgia realizada. A lumpectomia geralmente requer um tempo de recuperação mais curto em comparação com a mastectomia (Tzeng et al., 2018).

  • Radioterapia: Para pacientes que se submetem à lumpectomia, a radioterapia é frequentemente recomendada para eliminar células cancerígenas remanescentes e diminuir o risco de recidiva local. Estudos mostram que a combinação de lumpectomia e radioterapia é tão eficaz quanto a mastectomia em termos de sobrevida (Fisher et al., 2002).

  • Cuidados com a Saúde Mental: O impacto psicológico da cirurgia deve ser abordado. O suporte psicológico é essencial para lidar com as mudanças físicas e emocionais após a cirurgia (Kuhl et al., 2014).

4. Tendências e Inovações

Nos últimos anos, avanços na cirurgia oncológica têm influenciado as abordagens para o tratamento do câncer de mama:

  • Cirurgia Minimamente Invasiva: Procedimentos menos invasivos estão sendo desenvolvidos, incluindo a cirurgia robótica e técnicas de conservação da mama que minimizam danos aos tecidos circundantes (Sperling et al., 2019).

  • Terapia Neoadjuvante: A terapia neoadjuvante, que envolve a administração de quimioterapia ou terapia hormonal antes da cirurgia, pode reduzir o tamanho do tumor e permitir a realização de uma lumpectomia em casos que inicialmente exigiriam mastectomia (Klein et al., 2016).

5. Conclusão

O tratamento cirúrgico do câncer de mama é uma componente crucial da abordagem terapêutica, com a escolha entre mastectomia e lumpectomia dependendo de fatores clínicos individuais. A combinação de técnicas cirúrgicas com suporte pós-operatório e terapia adjuvante pode melhorar os resultados. A pesquisa contínua e as inovações nas técnicas cirúrgicas são essenciais para otimizar o tratamento e a qualidade de vida das pacientes.

Referências

  • American Cancer Society. (2021). "Breast cancer treatment."

  • Boulware, L. E., et al. (2016). "Use of mastectomy versus breast-conserving surgery for breast cancer." JAMA Surgery, 151(7), 646-651.

  • Buchholz, T. A., et al. (2015). "Breast cancer: an overview of surgical management." Cancer Journal, 21(5), 484-491.

  • Fisher, B., et al. (2002). "Lumpectomy compared with mastectomy for the treatment of stage I and II breast cancer." The New England Journal of Medicine, 347(16), 1233-1241.

  • Klein, W. M., et al. (2016). "Neoadjuvant therapy for breast cancer: opportunities and challenges." American Journal of Clinical Oncology, 39(3), 307-310.

  • Kuhl, C. K., et al. (2014). "Breast cancer screening: what is the role of MRI?" Journal of Clinical Oncology, 32(23), 2479-2480.

  • Sperling, C. D., et al. (2019). "Robotic surgery for breast cancer." Minimally Invasive Surgery, 2019, Article ID 4582139.

  • Tzeng, C. H., et al. (2018). "Comparative outcomes of mastectomy versus breast-conserving surgery in patients with breast cancer: A systematic review." Breast Cancer Research and Treatment, 170(2), 339-347.

 
 
 

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DR. ROGERIO TADEU FELIZI

CRM: 109778

​Ginecologista obstetra e especialista em cirurgia minimamente invasiva, endometriose, miomas uterinos e cirurgia robótica. Professor da disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC.

 

Email: contato@drrogeriofelizi.com.br

• Médico especialista em endometriose
• Médico especialista em miomas uterinos

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